Os manuscritos do mar Morto

27-11-2010 12:33

 Os manuscritos do mar Morto

 

Em 1947, um pastor de quinze anos chamado Mohamed al-Dib encontrou, dentro de uma gruta na região de Khirbet Qumran, cerca de 2km a noroeste do mar Morto, alguns jarros de cerâmica que continham rolos de couro e papiro com inscrições. Esses documentos e outros mais, que seriam descobertos em áreas próximas, ao longo das décadas de 1950 e 1960, ficaram conhecidos como os manuscritos do mar Morto.

 

Segundo a hipótese atualmente mais aceita, os manuscritos foram escondidos nas onze grutas de Qumran por membros da seita judaica dos essênios. Os documentos teriam sido enterrados durante a guerra dos judeus contra os romanos, no ano 70, para serem recuperados mais tarde. Alguns dos mais valiosos desses documentos encontram-se hoje na Universidade Hebraica de Jerusalém.

 

Em geral, os especialistas estão de acordo quanto à datação dos documentos: eles teriam sido produzidos desde meados do século III a.C. ao ano 68 da era cristã, sendo que a maior parte deles remonta aos séculos I a.C. e I da era cristã. Entre os mais importantes estão um rolo do Livro de Isaías, em excelente estado de conservação; uma paráfrase livre, em aramaico, do Gênesis; uma tradução aramaica do livro de Jó, com apenas 38 colunas parcialmente conservadas; treze manuscritos com textos dos profetas e salmos, incluindo referências históricas à vida da comunidade; e vários livros apócrifos judaicos, como o Livro dos Jubileus, o Livro de Enoque, os Testamentos de Levi e Neftali, em hebraico ou aramaico, obras só conhecidas em traduções gregas ou etíopes.

 

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